Homens e mulheres não se sentem agredidos por preços diferenciados

Cotidiano

Diante da polêmica sobre a diferenciação de preços cobrados em casas de shows, boates e bares, entre homens e mulheres, o Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa contratou uma empresa para fazer uma pesquisa para saber as opiniões tanto de mulheres como as dos homens. O resultado? Homens e mulheres aprovam a diferenciação de preços – e não se sentem agredidos por causa dessa comum prática.
O Instituto de Pesquisa Data Vox realizou o levantamento com pessoas de 16 anos ou mais que frequentam bares, boates e casas de show em João Pessoa. Foram ouvidas 250 pessoas, sendo 124 homens e 126 mulheres. Do total de entrevistados, 39,2% eram pessoas entre 21 e 30 anos de idade. 58,4% afirmaram possuir o nível superior de escolaridade e 45,6% disseram ganhar de um a três salários mínimos.
De acordo com o instituto, o intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 4,5% pontos percentuais para mais ou para menos. Quando questionadas, 82,5% das mulheres (ou 104 entrevistadas) disseram não se sentirem agredidas por pagarem um valor menor na entrada de bares, casas de shows ou boates. Por sua vez, 66,9% dos homens afirmaram que não se sentem agredidos pela diferenciação de preços.
O presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa, Graco Parente, diz que os resultados mostram o que já se esperava, ou seja, que a grande maioria das pessoas entende que não são afetados pela diferenciação de preços. “Tanto homens quanto mulheres não se sentem atingidos por isso. É uma prática secular e o posicionamento do sindicato é firme em relação à livre iniciativa. Entendemos que o estado deve interferir cada vez menos nas atividades econômicas e que, portanto, ele não pode regular essa cobrança. A diferenciação tem um motivo específico e os empresários não vão baixar o preço dos ingressos. Vão nivelar”, afirmou.
De acordo com Parente, caso a distinção de preços seja erradicada da sociedade, será prejudicial a todos. “Não nos compete, enquanto sindicato, interferir na atividade econômica do empresário. Defendemos a livre iniciativa. Não podemos transferir um problema social para serem resolvidos pelos empresários e, infelizmente, vivemos numa sociedade em que o poder econômico da mulher é menor do que o do homem. A política comercial de distinção vem para sanar isso, segundo nosso entendimento. A pesquisa é clara e conseguimos uma comprovação científica para embasar o nosso discurso”, concluiu.
Celina Modesto – Jornal Correio da Paraíba

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Homens e mulheres não se sentem agredidos por preços diferenciados

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Diante da polêmica sobre a diferenciação de preços cobrados em casas de shows, boates e bares, entre homens e mulheres, o Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa contratou uma empresa para fazer uma pesquisa para saber as opiniões tanto de mulheres como as dos homens. O resultado? Homens e mulheres aprovam a diferenciação de preços – e não se sentem agredidos por causa dessa comum prática.
O Instituto de Pesquisa Data Vox realizou o levantamento com pessoas de 16 anos ou mais que frequentam bares, boates e casas de show em João Pessoa. Foram ouvidas 250 pessoas, sendo 124 homens e 126 mulheres. Do total de entrevistados, 39,2% eram pessoas entre 21 e 30 anos de idade. 58,4% afirmaram possuir o nível superior de escolaridade e 45,6% disseram ganhar de um a três salários mínimos.
De acordo com o instituto, o intervalo de confiança estimado é de 95,0% e a margem de erro máxima estimada é de 4,5% pontos percentuais para mais ou para menos. Quando questionadas, 82,5% das mulheres (ou 104 entrevistadas) disseram não se sentirem agredidas por pagarem um valor menor na entrada de bares, casas de shows ou boates. Por sua vez, 66,9% dos homens afirmaram que não se sentem agredidos pela diferenciação de preços.
O presidente do Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação de João Pessoa, Graco Parente, diz que os resultados mostram o que já se esperava, ou seja, que a grande maioria das pessoas entende que não são afetados pela diferenciação de preços. “Tanto homens quanto mulheres não se sentem atingidos por isso. É uma prática secular e o posicionamento do sindicato é firme em relação à livre iniciativa. Entendemos que o estado deve interferir cada vez menos nas atividades econômicas e que, portanto, ele não pode regular essa cobrança. A diferenciação tem um motivo específico e os empresários não vão baixar o preço dos ingressos. Vão nivelar”, afirmou.
De acordo com Parente, caso a distinção de preços seja erradicada da sociedade, será prejudicial a todos. “Não nos compete, enquanto sindicato, interferir na atividade econômica do empresário. Defendemos a livre iniciativa. Não podemos transferir um problema social para serem resolvidos pelos empresários e, infelizmente, vivemos numa sociedade em que o poder econômico da mulher é menor do que o do homem. A política comercial de distinção vem para sanar isso, segundo nosso entendimento. A pesquisa é clara e conseguimos uma comprovação científica para embasar o nosso discurso”, concluiu.
Celina Modesto – Jornal Correio da Paraíba

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