As entidades de classe sobreviverão no século XXI?

Destaque Regina Amorim

Em geral, nas entidades de classe, o número de associados sempre é muito baixo em relação ao universo que deveria representar.
A infraestrutura é muitas vezes insuficiente ou inadequada.  Essas entidades, na sua maioria, são mal administradas, ora porque não têm recursos financeiros para a gestão, ora porque utilizam os recursos financeiros com ações desconectadas com a missão a que se propõe.
Por ser legalizada como uma entidade “sem fins lucrativos” utiliza ao pé da letra esse slogan e nada faz para firmar parcerias que somam para os melhores resultados, disponibilizar o serviço de coworking, para seus filiados, uma nova forma de trabalhar em um ambiente inspirador, a preços menores que os praticados no mercado.
Caberia às entidades de classe possibilitar a cooperação entre as empresas de um mesmo setor de atuação, com o objetivo de fortalecer e estabelecer uma posição privilegiada no mercado. Ainda é papel das entidades de classe orientar e influenciar as empresas filiadas, para a competitividade.
Gerenciar uma entidade de classe, de forma inovadora, em rede, com outras entidades, é uma das alternativas para uma nova gestão. Estar em dia com as certidões e demais registros, possibilita às entidades de classe participar de editais para elaboração de projetos.
Manter uma comunicação, através da internet, é aproximar os filiados e os possíveis filiados. Estar em rede”on line” e “off line”, participar de grupos de trabalho, de Fóruns e Conselhos, contribui para dar visibilidade e credibilidade, às entidades empresariais ou profissionais. Uma comunicação eficiente e efetiva de uma entidade de classe, está relacionada com a sua representatividade quanto à valorização dos seus filiados. É papel fundamental estimular a competitividade e a integração setorial, visando o desenvolvimento econômico local, além de proporcionar qualificação aos seus associados, através de cursos e workshops.
Também disponibilizar soluções empresariais para a gestão dos negócios, através da cooperação e do marketing digital. O aprimoramento de tecnologias, produtos e serviços reduz custos e amplia competências para se manter no mercado.
Entretanto, a maioria das entidades de classe não têm uma gestão empreendedora, proativa, colaborativa e criativa. É preciso buscar alternativas para a sobrevivência das entidades de classe no século XXI.
O Workshop sobre Cooperação e Criatividade para o Fortalecimento das Entidades de Classe é uma das estratégias que o SEBRAE formatou, para fortalecer as entidades de classe, e que pode contribuir para uma gestão moderna, inspiradora e atrativa. O Workshop acontecerá dia 11 de setembro, das 8h às 14h, no Centro de Educação Empreendedora do Sebrae.
A facilitadora é a consultora sênior Tânia Zapata, especialista em construção e articulação de redes empresariais produtivas, que viabilizem a inserção das MPE’s no processo de desenvolvimento territorial, com criatividade, inovação e competitividade. O investimento é R$ 150 à vista ou em 2x no cartão de crédito.
Mais informações: 2108.1256 e 9.9981.1486
Regina Medeiros Amorim
Mestre em Visão Territorial e Sustentável do Desenvolvimento,
Pós-graduada em Gestão e Marketing do Turismo,
Gestora de Turismo do SEBRAE – Paraíba.